Sentir o coração acelerado é uma experiência comum, mas pode causar preocupação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardíacas são responsáveis por 16% das mortes no mundo anualmente. Embora muitas vezes o coração acelerado esteja relacionado à ansiedade, em alguns casos pode ser um sinal de uma condição cardíaca. Entender a diferença entre essas duas causas é essencial para buscar o tratamento correto.
Coração acelerado e ansiedade
Quando estamos ansiosos ou estressados, nosso corpo libera hormônios como a adrenalina, o que provoca uma aceleração nos batimentos cardíacos. Esse é um mecanismo natural de “luta ou fuga”, que prepara o corpo para situações de perigo. No entanto, em momentos de alta ansiedade, o coração pode disparar sem que haja uma ameaça real.
Os episódios de ansiedade costumam vir acompanhados de outros sintomas, como sudorese, tremores, falta de ar e sensação de pânico. O diferencial é que, na maioria dos casos, esses sintomas cessam assim que a crise de ansiedade passa. Se o coração voltar ao ritmo normal após o evento estressante, é provável que a causa seja emocional.
Coração acelerado e doenças cardíacas
Por outro lado, um coração acelerado também pode ser um sinal de problemas cardíacos, como taquicardia ou arritmia. Nessas condições, os batimentos são rápidos e irregulares, o que pode indicar que o coração está tendo dificuldade em bombear sangue de forma eficiente. As doenças cardíacas não estão necessariamente associadas a episódios de estresse ou ansiedade, podendo ocorrer de forma repentina e sem um gatilho emocional.
Diferente da ansiedade, as doenças cardíacas podem causar sintomas mais graves, como dores no peito, desmaios, tontura e até falta de ar prolongada. Se esses sinais aparecerem, é essencial procurar um cardiologista o quanto antes para uma avaliação completa e, se necessário, realizar exames como eletrocardiograma ou ecocardiograma.
Como saber a diferença?
Saber diferenciar entre ansiedade e doença cardíaca pode ser desafiador, especialmente quando os sintomas se sobrepõem. A melhor forma de obter um diagnóstico preciso é através da consulta com um cardiologista. O médico poderá solicitar exames que identificam possíveis anomalias no coração, além de avaliar o histórico de saúde e hábitos de vida do paciente.
Além disso, o monitoramento regular da saúde cardíaca, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças cardiovasculares, é uma medida preventiva eficaz. Manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool também pode ajudar a regular os batimentos cardíacos e reduzir a ansiedade.