Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 39% dos adultos em todo o mundo estão acima do peso, e 13% são obesos. A gordura visceral, associada a diversos problemas de saúde, é uma das principais preocupações nesse cenário. Este tipo de gordura não está apenas relacionado ao excesso de peso, mas também a complicações cardíacas, diabetes e outros transtornos metabólicos. Neste artigo, entenda por que ela é tão perigosa e como combatê-la de maneira eficaz.
O Que é Gordura Visceral e Por Que é Perigosa?
A gordura visceral é o tipo de gordura que se acumula ao redor dos órgãos internos na cavidade abdominal, como o fígado, pâncreas e intestino. Diferente da gordura subcutânea, que está localizada abaixo da pele, a visceral é mais ativa metabolicamente, liberando substâncias inflamatórias que prejudicam o funcionamento do corpo.
Esse tipo de gordura está associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, já que pode causar resistência à insulina, elevação dos níveis de colesterol ruim (LDL) e pressão arterial. A inflamação crônica provocada por ela é outro fator que sobrecarrega o coração e contribui para o desenvolvimento de doenças coronarianas.
Além disso, o seu excesso pode levar a condições como síndrome metabólica, esteatose hepática e até mesmo alguns tipos de câncer. É por isso que identificar e tratar esse problema é essencial para preservar a saúde cardiovascular.
Entenda os Riscos para o Coração
A relação entre gordura visceral e doenças cardíacas está bem documentada em estudos científicos. Uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology revelou que indivíduos com altos níveis de gordura visceral apresentam um risco significativamente maior de desenvolver insuficiência cardíaca.
Um dos principais problemas é que a gordura visceral interfere no equilíbrio hormonal, provocando disfunções metabólicas. Por exemplo, ela aumenta a resistência à insulina, o que pode evoluir para diabetes tipo 2, um fator de risco importante para doenças cardíacas.
Além disso, ela contribui para o endurecimento das artérias (aterosclerose), dificultando o fluxo sanguíneo e elevando o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Assim, seu impacto vai além da estética, sendo uma ameaça direta ao sistema cardiovascular.
Estratégias para Reduzi-la
A boa notícia é que, com mudanças no estilo de vida, é possível reduzir significativamente a gordura visceral. Uma das estratégias mais eficazes é adotar uma alimentação saudável e equilibrada, rica em fibras, proteínas magras e gorduras boas. Evitar alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares também é fundamental.
A prática regular de exercícios físicos é outro pilar no combate à gordura visceral. Atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e ciclismo, são excelentes para queimar calorias e reduzir a gordura abdominal. Combinar essas atividades com exercícios de resistência, como musculação, pode potencializar os resultados.
Por fim, o controle do estresse e a melhora na qualidade do sono também desempenham um papel importante. Altos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, estão associados ao aumento da gordura visceral. Dormir bem ajuda a regular os hormônios e a manter um peso saudável.
