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Comidas no Inverno: Aquecendo o Corpo sem Sobrecarregar o Coração

O inverno chega e, com ele, os dias ficam mais curtos, o sol menos frequente e o apetite… mais intenso. É impressionante como o frio nos leva instintivamente a buscar alimentos mais calóricos, quentinhos e reconfortantes. Sopa, chocolate quente, queijos, carnes gordurosas, massas, fondues e doces tradicionais ganham espaço à mesa.

Mas o que poucos se perguntam é: como essas escolhas alimentares impactam a saúde do coração? E mais importante: é possível se alimentar bem no inverno, aproveitando o prazer de comer sem colocar o sistema cardiovascular em risco?

Como cardiologista, recebo muitos pacientes nessa época do ano com aumento de peso, pressão arterial mais elevada, colesterol desregulado e, em alguns casos, até com agravamento de doenças cardíacas já diagnosticadas. E não é por acaso.

Neste post, vamos conversar sobre como o inverno afeta nossa alimentação e, principalmente, como fazer boas escolhas para manter o coração saudável mesmo nos dias mais frios.

O frio altera o corpo — e o apetite

O nosso metabolismo é sensível à temperatura ambiente. No frio, o corpo precisa gastar mais energia para manter a temperatura interna estável. Por isso, sentimos mais fome. E não qualquer fome — a vontade de consumir alimentos mais densos, com mais gordura e açúcar, aumenta.

Além disso, o frio reduz naturalmente nossa disposição para atividades físicas. O resultado é uma equação perigosa: comemos mais, nos movimentamos menos e acumulamos excessos.

Para quem já tem predisposição à obesidade, colesterol alto, hipertensão ou diabetes, esse desequilíbrio pode ser suficiente para desencadear um problema cardiovascular ou piorar uma condição já existente.

Alimentos típicos do inverno: aliados ou vilões?

Vamos ser realistas: ninguém quer passar o inverno inteiro comendo apenas salada. E, sinceramente, isso nem é necessário. O segredo está em adaptar os pratos e fazer trocas inteligentes — sem abrir mão do sabor, mas priorizando a saúde do coração.

A seguir, vamos abordar alguns alimentos comuns dessa época e como usá-los com equilíbrio:

1. Sopas e caldos: grandes aliadas, se bem preparadas

Uma sopa bem feita pode ser uma excelente opção no inverno. Rica em legumes, verduras e proteínas magras, ela é leve, nutritiva e ajuda a aquecer o corpo. Mas atenção: evite sopas muito salgadas (especialmente as prontas), com excesso de creme de leite, queijos ou embutidos como calabresa e bacon.

2. Queijos e fondue: saborosos, porém perigosos em excesso

Queijos amarelos e fondue tradicional são ricos em gordura saturada e sal. O consumo esporádico e moderado não é um problema, mas em excesso, podem elevar o colesterol e a pressão arterial. Experimente versões com queijos mais leves, use vegetais como acompanhamento e modere na quantidade.

3. Chocolate quente: prazer sim, mas com limites

O chocolate quente é uma tentação, especialmente nos dias frios. Dê preferência ao chocolate amargo (acima de 70% cacau) e evite preparações com muito açúcar, leite condensado e chantilly. Uma boa dica é adoçar com moderação e usar leites vegetais ou desnatados.

4. Massas e alimentos ricos em carboidrato refinado

Massas, pães, bolos e biscoitos tendem a se tornar mais presentes no cardápio durante o inverno. Embora forneçam energia, os carboidratos simples elevam rapidamente a glicose no sangue e favorecem o acúmulo de gordura abdominal. Prefira versões integrais, use molhos naturais e combine com vegetais.

5. Doces típicos e sobremesas de inverno

Canjica, arroz-doce, pudim, curau… Essas delícias típicas do inverno (e das festas juninas) fazem parte da cultura brasileira. O problema está no excesso de açúcar, leite condensado e gordura. Se for consumir, faça porções pequenas e procure versões com menos açúcar.

O perigo oculto: o excesso de sal

Além do açúcar e da gordura, o sal é um dos grandes vilões da saúde cardiovascular, e seu consumo tende a aumentar no inverno. Isso porque recorremos mais a alimentos industrializados, caldos prontos, embutidos e temperos artificiais — todos ricos em sódio.

O excesso de sódio contribui diretamente para o aumento da pressão arterial e, em longo prazo, sobrecarrega o coração e os rins.

Para controlar, use ervas frescas (como alecrim, manjericão, salsinha) e temperos naturais (alho, cebola, limão, cúrcuma) para dar sabor aos alimentos. Seu paladar se adapta — e seu coração agradece.

Como equilibrar prazer e saúde? Algumas dicas reais:

  1. Planeje suas refeições: não espere a fome e o frio chegarem juntos para decidir o que comer. Ter opções saudáveis à mão ajuda a evitar escolhas impulsivas.
  2. Use a comida como afeto, não como fuga: é natural querer conforto no prato, mas evite compensar emoções com comida. Busque prazer também em um banho quente, em um bom livro ou em um momento de descanso.
  3. Aumente a ingestão de chás: chás naturais como camomila, erva-doce, hibisco e chá-verde aquecem, hidratam e ajudam a controlar a ansiedade e a retenção de líquidos.
  4. Inclua fibras e proteínas magras: feijão, grão-de-bico, lentilha, frango, peixe e ovos ajudam a dar saciedade e manter o metabolismo ativo, evitando exageros.
  5. Não abandone a atividade física: mesmo em casa ou em dias frios, o movimento precisa continuar. O coração não tira férias no inverno.

Conclusão: aquecer o corpo sem ferir o coração

O inverno pode ser uma estação maravilhosa para aproveitar comidas quentes, reencontros em casa e momentos de recolhimento. Mas é também uma época que exige mais atenção com a saúde — especialmente a cardiovascular.

Lembre-se: o prazer de comer não precisa vir acompanhado de culpa ou prejuízos à saúde. Quando a alimentação é feita com consciência, equilíbrio e afeto, ela se transforma em uma poderosa aliada do coração.

Cuide de você neste inverno. E se sentir que algo não vai bem — se notar cansaço, pressão alterada, palpitações ou ganho de peso inesperado —, procure um cardiologista.

Seu coração merece atenção em todas as estações.

O Doutor Felipe é um cardiologista experiente e pode te ajudar a cuidar da sua saúde cardiovascular. Agende uma consulta e invista no bem-estar do seu coração! Clique aqui e agende uma avaliação!

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